09 dezembro, 2006

Férias na Praia

in A FOLHA DOS VALENTES - Nº 353 > Julho 2006
Rubrica: Outro Ângulo
> Texto: Maria Leonor

Apesar de a ida à praia ser apenas uma das muitas actividades de ocupação dos tempos livres durante as férias de Verão, ela é, de longe, a favorita dos Portugueses. Na verdade, tem sido assim desde sempre, primeiro para zarpar nas nossas conquistas pelo Mundo, mais tarde por razões terapêuticas e agora sobretudo por divertimento e para descansar. E o facto de termos algumas das melhores praias da Europa, com um total de 207 praias com a bandeira azul hasteada, também contribuiu para o sucesso deste estilo de férias, assim como o acesso gratuito e as múltiplas valências que oferece a toda a família.
A praia, contudo, esconde inúmeros perigos, havendo um conjunto de cuidados a ter que de maneira nenhuma podem ser ignorados.
Como vem acontecendo todos os anos, com o início da época balnear, os especialistas renovam os apelos para proteger a pele dos efeitos nocivos do sol através do uso obrigatório de protectores solares e de uma exposição racional ao sol, evitando sempre as horas de mais calor. A adopção deste tipo de comportamentos é fundamental, já que os escaldões e o cancro da pele são cada vez mais uma triste realidade. Para alertar as pessoas sobre os efeitos nocivos do sol, o Instituto de Meteorologia tem disponibilizado no seu site, há cerca de um ano, informação diária sobre a radiação originada pelos raios UV. Paralelamente, insiste-se agora no recurso a óculos de sol não só pelos adultos, mas sobretudo pelas crianças, incluindo os bebés, para proteger os olhos da luz que pode danificar a visão que só fica definitiva na adolescência.
Relativamente às habituais infracções cometidas todos os anos nas praias portuguesas, a grande novidade parece ser a nova legislação que prevê coimas até aos mil euros para banhistas que entrem no mar com a bandeira vermelha hasteada. E o melhor mesmo é não arriscar já que, segundo o Instituto de Socorro a Náufragos, as praias portuguesas vão ser vigiadas por 4500 nadadores-salvadores e 470 polícias marítimos. Com esta medida, pretende-se não só responsabilizar os banhistas, mas também evitar mortes por afogamento e dar mais autoridade aos nadadores-salvadores, que, por seu turno, terão obrigatoriamente de se empenhar ainda mais, sob risco de serem multados também.
Desta forma, pretendo apenas alertar para alguns dos cuidados a ter durante o Verão, cuidados esses que, se ignorados, podem não só significar a perda de uma avultada quantia em dinheiro, mas também, na pior das hipóteses, na perda da própria vida. Felizmente para todos nós, qualquer uma das medidas de prevenção é fácil de concretizar e não põe em risco os óptimos momentos que a praia e as férias proporcionam sempre.

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